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OMS reforça metas para eliminar o câncer do colo de útero

Segundo a OMS, aumentar a vacinação contra o HPV, garantir que mulheres sejam examinadas e que pacientes diagnosticadas recebam tratamento são as três principais metas até 2030 e reforça a estratégia global criada em 2018 para eliminar o câncer de colo do útero.

A doença é o 4º tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com aproximadamente 570 mil casos novos e 311 mil óbitos por ano no mundo. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 17 mil novos casos da doença anualmente. Trata-se de um câncer raro em mulheres até 30 anos, com pico de incidência na faixa etária de 45 a 50 anos e aumento da mortalidade a partir da quarta década de vida.

O guia traz 3 metas principais a serem implementadas até 2030:

  • aumentar a vacinação contra o HPV para 90% de cobertura;
  • garantir que 70% das mulheres sejam examinadas pelo menos aos 35 e aos 45 anos;
  • e assegurar que 90% das pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero recebam o tratamento necessário.

A OMS considera que o câncer de colo de útero só será eliminado quando todos os países mantiverem uma taxa de incidência menor do que quatro casos por 100 mil mulheres. Se a meta estabelecida se cumprir, segundo a organização, 62 milhões de mortes seriam evitadas até 2120.

A doença é mais frequente em países de média e baixa renda. Nos países ricos, a vacinação contra o HPV, vírus por trás da maioria dos casos da doença, melhorou significativamente as perspectivas de prevenção nas últimas décadas.

No Brasil, embora a vacina contra o HPV esteja disponível gratuitamente no SUS desde 2014 com indicação para meninas dos 9 aos 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos, estamos longe de atingir esse objetivo.

Segundo dados de 2018 do Ministério da Saúde, pouco mais de 40% das adolescentes no país receberam as duas doses recomendadas.

A construção de um quadro mais positivo para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença é de responsabilidade de todos, mas principalmente da comunidade médica e todos os profissionais da saúde.

#vacinaréproteger

Leia a matéria em inglês original